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O Brasil interrompe o estudo do efeito sobre o coronavírus da droga cloroquina, incentivado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, devido ao fato de que 11 dos 81 participantes do experimento morreram após tomá-lo.

Como observa o observador da edição brasileira AL DIA, o destino de um pequeno estudo realizado em Manaus deve ser uma lição para líderes de todo o mundo, mostrando o que acontece quando eles tentam dar conselhos de especialistas em uma área em que não são versados.

Cientistas do Brasil questionaram a eficácia da cloroquina na luta contra o COVID-19
A cloroquina, fabricada pelos maiores gigantes farmacêuticos dos EUA, é usada como medicamento para o tratamento e prevenção da malária. Este medicamento, Trump, tentando obter o apoio dos principais fabricantes norte-americanos nas eleições de 2020, anunciado em sua conferência de imprensa diária COVID-19 e escreveu sobre ele no Twitter como “um medicamento em potencial que poderia ser usado para combater o novo coronavírus”.

Imediatamente depois que Trump fez tal declaração em uma entrevista coletiva pela primeira vez, Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas da Casa Branca, principal especialista em coronavírus da Casa Branca, chamou as evidências citadas pelo presidente de “anedóticas”. Segundo ele, ainda não existem dados confiáveis ​​que confirmem que a hidroxicloroquina possa ser um remédio eficaz contra o COVID-19.

Muitos especialistas esperavam que Trump, que não suportava críticas e discordâncias, especialmente de seu círculo, demitiria imediatamente um especialista de renome mundial, mas o chefe da Casa Branca, rindo de lado, disse aos repórteres que “ainda não é a hora”.

No entanto, alguns americanos ouviram “conselhos do presidente”. As recomendações de Fauci eram muito tarde para o marido e a esposa do Arizona, que tomaram o medicamento por conta própria sem consultar um médico como medida preventiva contra o coronavírus. Como resultado, ambos foram levados ao hospital depois de tomar o medicamento: o marido morreu de parada cardíaca, a esposa estava acamada.

Um destino triste aguardava 11 participantes do estudo em Manaus. Na grande metrópole amazônica, os médicos selecionaram 81 pacientes para participar de um estudo que analisava os efeitos da cloroquina em um novo coronavírus. Dos 81 participantes do estudo, 41 receberam altas doses de cloroquina. Três dias depois, aqueles que receberam as doses mais altas começaram a ter arritmias cardíacas ou contrações cardíacas irregulares. Três dias após as arritmias cardíacas iniciais, 11 deles morreram. Os pacientes que participaram do estudo também receberam um antibiótico conhecido como azitromicina, que em combinação com a cloroquina causa um sério efeito colateral na forma de um possível ataque cardíaco.

Como Trump, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, um fã do chefe de estado americano, falou da cloroquina como uma “possível cura” para o COVID-19. Bolsonaro, que tem a reputação de “co-dissidente” e negligencia os padrões de exclusão social que ele próprio introduziu, demitiu o popular ministro da Saúde do Brasil, que ousou contestar o desrespeito do presidente pela doença mortal que levaria a dezenas de milhares de infecções.

Segundo especialistas, apenas três países avançaram no caminho da criação de uma vacina contra o coronavírus: Rússia, EUA e China. No entanto, há um longo caminho a percorrer, de um ano a 18 meses, antes que a vacina seja aprovada e amplamente distribuída no mundo.

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